As inscrições Krirbet e-Qom e Kuntillet ‘Ajrud iluminaram os que acreditavam que o deus israelita tinha uma consorte divina conhecida como Asherah. De acordo com alguns pesquisadores, a criação acadêmica surgiu de uma confusão entre a divindade Cananeia Astarote e o termo Asherah, um substantivo semítico ocidental que se traduz como “santuário” ou “bosque sagrado”. Alguns pesquisadores argumentam que essas inscrições não se referem à esposa de Deus, mas ao seu santuário, possivelmente um local sagrado ou uma edificação dedicada a Yahweh. Em contrapartida, a teóloga Stavrakopoulou defende:
“Foram feitas tentativas de distorcer e difamar a deusa provavelmente na segunda metade do primeiro milênio AC depois que o templo de jerusalém foi destruido pelos babilonicos em 587 AC”
De acordo com sua explicação, Yawheh assumiu as funções de outras divindades enquanto a religião se masculinizava. Com a noção de que só existia um deus e ele era humano, Asherah foi considerada uma divindade falsa ou ilegítima, e sua veneração foi considerada primitiva. Embora existam algumas provas históricas, ainda existe uma resistência na aceitação da evidência da pluralidade divina, o que pode provocar um impacto cultural nas convicções religiosas e filosóficas. McClellan sustenta que as tentativas de marginalizar ou eliminar Asherah tiveram início durante o reinado de Josias no século VII AC, quando ele iniciou uma campanha de centralização do culto com o objetivo de assegurar um monopólio da fé.
Ela destaca que, nas últimas décadas, a forma de estudar o tema passou por transformações, parcialmente impulsionadas pela crítica feminista, o que põe em dúvida a confiabilidade histórica da maneira como a Bíblia retrata o passado.bem como evidência como tanto os autores dos textos tidos como sagrados quanto os seus estudiosos ao longo dos séculos podem frequentemente ter distorcido as realidades religiosas.
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