O registro após Gilgamesh

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Introdução

O registro de um Gênesis tem sua origem em tabuinhas sumérias, como o épico de Kharsag, que é o mais antigo, escrito em tabuinhas de argila de formato cuneiforme. De acordo com outro registro, “Gênesis de Eridu”, a história da criação e do dilúvio contém elementos espirituais na minha visão, o que causou alterações desde o primeiro registro. O Gênesis de Eridu é um mito criado após a Epopeia de Atrahasis e a Epopeia de Gilgamesh, que ocorreram em 2150 AC e 1400 AC. Essa narrativa é semelhante em muito às histórias de Noé descritas no livro do Gênesis da Bíblia. Infelizmente, algumas tabuinhas estão danificadas em alguns pontos, mas, felizmente, é possível compreender essa história com clareza. A história foi descoberta em meados dos anos 1983 em expedições na Mesopotâmia.

A história

A história tem início com a criação do mundo e, posteriormente, dos animais. As divindades consideradas mais poderosas no passado era Anu, Enki e Enlil. A cidade de Eridu foi criada pelos deuses e é uma das mais antigas. As cidades eram governadas por seus Deuses locais de cada cidade. No Épico de Atrahasis, a população está crescendo e o barulho está incomodando o deus Enlil, que manda pragas e secas e mais tarde um dilúvio. Os deuses decidem não interferir nessa decisão. A continuação desta história culmina com um dilúvio, que durou sete dias e sete noites, até que UTU, o deus Sol, interveio.

Esta narrativa apresenta similaridades notáveis com as histórias de Noé relatadas no Livro do Gênesis da Bíblia

Ao terminar a história, Anu e Enlil se arrependem da escolha e ficam felizes por Ziusudra ter preservado suas criações. A história tem mais 39 páginas, mas o conteúdo foi perdido. Após o dilúvio, na Epopeia de Atrahasis, os deuses adotam medidas drásticas para limitar o tempo de vida e aumentar a taxa de mortalidade. Este detalhe pode ter sido uma lacuna existente na história suméria anterior ao dilúvio. Os estudos mais recentes sugerem que a narrativa do dilúvio e da destruição da humanidade teve um impacto significativo em um grupo antigo e se tornou amplamente repetida ao se deslocar de uma região para outra. Cada cultura adaptou essa história às suas próprias necessidades, que era contada e escrita em diferentes lugares e visões, o que acabou por deixar de ser original.

Conclusão

Em praticamente todas as narrativas de um dilúvio, os deuses parecem se arrepender de suas escolhas. Na narrativa de gênesis, Deus promete que nunca mais ocorreria um dilúvio na Terra. Na versão moderna do hebraico, Deus comunica a Noé de um dilúvio e ordena que ele construa uma arca. Essas histórias antigas influenciaram os textos bíblicos modernos, com ideias semelhantes, mas com elementos diferentes. A ideia de um dilúvio dos deuses explica o propósito do mundo pelas civilizações antigas, tendo sido usada para diversos propósitos.

Bibliografia:

  1. The Genius of The Few Christian O’Brien

Créditos:

  • Tablet XI o Tablet do dilúvio,Épico de Gilgamesh, atualmente alojado no Museu Britânico em Londres: Wikimédia

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